terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Fome - Gabriel de Lara Ribeiro/ N°5

Fome é o nome que se dá à sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. O termo comumente é usado mais amplamente para referir a casos de má-nutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido a pobreza, conflitos políticos ou instabilidade, ou condições agrícolas adversas. Em casos crônicos, pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do organismo.

Consequências da Fome:
As consequências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos, levando eventualmente à morte, e ao aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças, geralmente limitando as suas capacidades de aprendizagem e produtividade. A desnutrição, principalmente devido à falta de alimentos energéticos e proteínas, aumenta nas populações afetadas e faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade de combater as infecções. A fome é um dos maiores flagelos da humanidade. Tem sido uma das grandes causas de morte de milhões de seres humanos em todos os tempos e sociedades. Muitas pessoas em todo o mundo passam fome ou estão subnutridas, apresentando carências alimentares graves.

Causas sociais da fome:
·                    Instabilidade política;
·                    Ineficácia e má administração dos recursos naturais;
·                    Guerra;
·                    Conflitos Civis;
·                    Difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais, pelos sem-terra ou pela população em geral;
·                    Invasões;
·                    Deficiente planificação agrícola;
·                    Injusta e antidemocrática estrutura fundiária, marcada pela concentração da propriedade das terras nas mãos de poucos;
·                    Contraste na concentração da renda e da terra num mundo subdesenvolvido;
·                    Destruição deliberada das colheitas;
·                    Influência das empresas transnacionais de alimentos na produção agrícola e nos hábitos alimentares das populações do Terceiro Mundo;
·                    Utilização da "diplomacia dos alimentos" como arma nas relações entre os países;
·                    Relação entre a dívida externa do Terceiro Mundo e a deterioração cada vez mais elevada do seu nível alimentar;
·                    Relação entre cultura e alimentação.
·                    O difícil acesso aos meios de produção pelos trabalhadores rurais.
·                    A canalização dos recursos financeiros para a produção de materiais bélicos.
·                    Epidemias.
Amartya Sen ganhou o prêmio Nobel de 1998 em parte por seu trabalho em demonstrar que a fome, nos tempos modernos, não é tipicamente o produto de uma falta de alimentos, mas sim, frequentemente gerada a partir de problemas nas redes de distribuição de alimentos ou de políticas governamentais no mundo em desenvolvimento.

Fome no Mundo:
No Índice Mundial da Fome 2010, cerca de um bilhão de pessoas passam fome, levando em consideração o limite estabelecido pela ONU, que são 1.800 quilocalorias por dia.
Fome no Brasil:
Em 2009, segundo o IBGE, 11,2 milhões de brasileiros — 5,8% da população — passaram fome por não terem recursos para comprar comida.
Em junho de 2013, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) premiou 38 países, entre eles o Brasil, por terem reduzido a fome pela metade bem antes do prazo de 2015, estabelecido pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O cumprimento da meta pelos países premiados considerou a diferença do número de famintos entre 1990 e 1992 e entre 2010 e 2012.

Como acabar com a fome:
Procurar informações sobre direitos e deveres dos cidadãos, para divulgá-los na comunidade e fiscalizar os órgãos competentes.

Atuar como um capacitado voluntário, promovendo orientação profissional para os pequenos negócios do bairro.

Elaborar e distribuir material orientando sobre o que é uma boa alimentação.

Organizar e promover atividades de educação alimentar, visando o aproveitamento integral dos alimentos.

Aproveitar ao máximo os alimentos, cuidando de sua correta conservação, usando receitas alternativas e promovendo o não desperdício.

Fazer um Mural da Cidadania em escolas e locais públicos. Pesquisar e divulgar ofertas de trabalho, cursos de capacitação profissional e geração de renda e serviços à comunidade (saúde, documentos, previdência, bolsa-família, etc).

Formar um grupo de mães de alunos que ensinem o melhor aproveitamento dos alimentos, para evitar desperdícios.

Monitorar a merenda escolar e comunicar qualquer irregularidade ao Conselho de Alimentação Escolar, ao Ministério Público ou ao Ministério da Educação.

Buscar parcerias que ajudem a enriquecer a alimentação oferecida por escolas e organizações sociais.

Fazer uma horta caseira e incentivar os vizinhos e as escolas do bairro a fazerem o mesmo.

Sensibilizar supermercados, restaurantes e quitandas para o não desperdício, informando-os sobre locais para onde podem ser encaminhados os alimentos excedentes.


Valorizar o desenvolvimento local, comprando e promovendo o uso de produtos do comércio solidário.

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