terça-feira, 19 de março de 2013

:moisés mota de abreu 7º alfa

os grandes filósofos







Francesco Petrarca (Arezzo, 20 de julho de 1304Arquà, 19 de julho de 1374) foi um intelectual, poeta e humanista italiano, famoso, principalmente, devido ao seu romanceiro. É considerado o inventor do soneto, tipo de poema composto de 14 versos. Foi baseado no trabalho de Petrarca (e também de Dante e Boccaccio) que Pietro Bembo, no século XVI, criou o modelo para o italiano moderno, mais tarde adotado pela Accademia della Crusca.
Pesquisador e filólogo, divulgador e escritor, é tido como o "pai do Humanismo"[1]. Mas esse grande latinista deve sua fama principalmente a seus poemas, redigidos em língua italiana.

Índice

 [esconder

 Biografia


Petrarca na pintura Ciclo dos Famosos Homens e Mulheres, por Andrea di Bartolo di Bargilla. Galeria Uffizzi, Florença
Petrarca nasceu em Arezzo, filho de um notário, e passou sua infância na pequena cidade de Incisa in Val d'Arno, perto de Florença. Seu pai, Ser Petracco, tinha sido exilado em Florença em 1302, junto com Dante, pelos Guelfos Negros. Petrarca passou grande parte dos seus primeiros anos em Avinhão e Carpentras, para onde sua família se mudou, a fim de seguir o Papa Clemente V, quando se dá a instalação do Papado de Avinhão, em 1309.
Inicialmente, estudou em Montpellier (13161320) e Bolonha (1320–1326), onde o pai insistiu para que estudasse Direito. Contudo, Petrarca se interessava pela escrita e pela Literatura Latina.
Após a morte do pai, em 1326, Petrarca volta a Avignon, onde trabalhou em vários e diferentes empregos burocráticos, tendo assim mais tempo livre para trabalhar em seus escritos. Ao ser lançada a sua primeira grande obra, Africa, um épico em latim sobre o grande general romano Scipio Africanus, Petrarca se torna uma celebridade na Europa. Em 1341, ele trouxe de volta a antiga tradição da laurea poetas e foi coroado em Roma, sendo o primeiro homem, desde a Antiguidade, a receber esta honra.
Viajou intensamente pela Europa e trabalhou como embaixador. Gostava muito de escrever cartas e tinha em Boccaccio um de seus mais notáveis amigos. Durante suas viagens, colecionou manuscritos latinos antigos e assim tornou-se um dos primeiros a redescobrir o conhecimento da Roma Antiga e Grécia Antiga. Entre outras realizações, participou da primeira tradução latina de Homero e em 1345, descobriu pessoalmente uma inédita coleção de cartas de Cícero.
Desdenhando o que acreditava ser a ignorância dos séculos que precederam a sua era, diz-se que Petrarca usou a expressão Idade das Trevas para se referir à Idade Média.
Petrarca afirmava que em 26 de Abril de 1336, junto com seu irmão e dois servos, alcançou o topo do Monte Ventoux (1909 m) e escreveu um relato fictício da aventura, composto tempos mais tarde na forma de cartas para seu amigo Francesco Dionigi. Posteriormente, esse relato se tornou a história de uma real expedição de alpinismo. Portanto, 26 de Abril de 1336 é considerado o dia do nascimento do alpinismo, sendo Petrarca tido como o pai do alpinismo.
Na última parte de sua vida, viajou bastante pelo norte da Itália.
Sua carreira na Igreja não permitiu que se casasse, mas foi considerado o pai de duas crianças postumamente. Em 1367, Petrarca fixou-se em Pádua, onde passou seus últimos anos em contemplação religiosa. Doou sua notável bilbioteca de manuscritos para a cidade de Veneza, onde hoje fazem parte do núcleo da Biblioteca Marciana.
Morreu em 19 de julho de 1374 no Vêneto Laura e a Poesia
O nome de Petrarca está associado de maneira indissolúvel ao de Laura, a mulher amada que ele canta em Rerum vulgarium fragmenta (Fragmentos em língua popular), mais conhecidos pelo nome de Il Canzoniere.
Em 1327, em uma sexta-feira Santa, a visão de uma mulher chamada Laura na Igreja de Santa Clara de Avignon despertou em Petrarca uma paixão duradoura, celebrada nas Rime sparse ("Rimas Esparsas"). Mais tarde, poetas renascentistas que copiaram o estilo de Petrarca deram o nome a essa coleção de 366 poemas de Il Canzoniere ("O Cancioneiro"). Laura pode ter sido Laura de Noves, esposa de Hugues de Sade e um ancestral do Marquês de Sade. Petrarca sempre negou a acusação de que ela possa ter sido um personagem idealizado ou com pseudônimo falso (visto que o nome Laura tem semelhança com láurea). Sua descrição realista em seus poemas contrasta com os clichês do Trovadorismo e do amor cortês. Sua presença causa do poeta uma alegria indescritível, mas seu amor não-correspondido criava desejos instantâneos. Há pouca informação concreta na obra de Petrarca sobre Laura, exceto que é linda, tem cabelos claros e é uma moça modesta e digna. Laura e Petrarca tiveram pouco ou nenhum contato pessoal. De acordo com seu Secretum, ela o recusava porque já era casada com outro homem. Ele canalizou seus sentimentos para os poemas de amor que eram exclamatórios e escrevou prosa em que mostrava seu desprezo por homens que buscavam mulheres.
Petrarca aperfeiçoou a conhecida forma do soneto, herdada de Giacomo da Lentini, e que Dante amplamente usou. Muitos dos poemas de Petrarca, colecionados no Cancioneiro (dedicado a Laura), eram sonetos. O compositor romãntico Franz Liszt musicou alguns dos sonetos de Petrarca, Tre sonetti del Petrarca.

 Obra

Petrarca é mais conhecido por sua poesia italiana: principalmente o Canzoniere e o Trionfi ("Triunfos"). Contudo, Petrarca foi um entusiasmado estudioso do Latim e escreveu a maioria de sua obras nessa língua. Seus escritos em Latim foram muito variados e incluíram trabalhos acadêmicos, ensaios introspectivos, cartas e mais poesia. Entre eles estão: Secretum ("Meu Livro Secreto"), um diálogo imaginário, intensamente pessoal e cheio de culpa com Augustine of Hippo; De Viris Illustribus ("Sobre os Homens Famosos"), uma série de biografias morais; Rerum Memorandarum Libri, um tratado incompleto sobre as virtudes cardeais; De Otio Religiosorum ("Sobre o Lazer Religioso") e De Vita Solitaria ("Sobre a Vida Solitária"), que elogia a vida contemplativa; De Remediis Utriusque Fortunae ("Remédios para os trancos e barrancos"), um livro de auto-ajuda que permaneceu popular por muitos anos; Itinerarium ("O Guia de Petrarca para a Terra Santa"), um ancestral distante dos guia de viagem; um número de críticas violentas contra seus oponentes tais como médicos, escolásticos e os franceses; o Carmen Bucolicum, uma coleção de doze poemas pastorais; e o épico incompleto Africa. Petrarca também publicou muitos volumes de suas cartas, incluindo algumas para alguns já mortos como Cícero e Virgílio. Infelizmente, muitos dos seus escritos em Latim são difícies de serem encontrados hoje. É difícil identificar datas precisas para seus escritos porque ele os revisou constantemente durante sua vida.
Além disso, Petrarca juntou suas cartas em dois grandes livros chamados Epistolae familiares e Seniles, uma ideia que veio de seu conhecimento das cartas de Cícero. Ele deixou fora da Epistolae familiares um grupo especial de dezenove cartas polêmicas chamadas Liber sine nomine que foram muito criticadas durante o Papado de Avinhão. Estas cartas foram publicadas sem nome para proteger os destinatários, todos eles mantinham uma ligação íntima com Petrarca. Os destinatários incluíam Philippe de Cabassoles, bispo de Cavaillon; Ildebrandino Conti, bispo de Pádua; Cola di Rienzo, tribuno de Roma; Francesco Nelli, padre do Prior da Igreja dos Santos Apóstolos em Florença; e Niccolà di Capoccia, um cardela e padre de Saint Vitalis.
Sua Carta para a Posteridade (a última carta na obra Seniles) dá uma autobiografia e uma síntese de sua filosofia de vida.

 Dolce stil novo

O dolce stil novo é uma expressão de Dante (incluída na Divina Comédia), que indica um grupo de sete poetas: Guido Guinizelli, Guido Cavalcanti, Lapo Gianni, Gianni Alfani, Dino Frescobaldi, Cino de Pistois e o próprio Dante e identificou um dos mais importantes movimentos literários da Itália no século XIII. Uma das marcas do dolce stil novo foi a introspecção, que foi mais tarde desenvolvida com mais vigor por Petrarca.

 Poemas


Estátua de Petrarca no exterior do Palácio Uffizzi, em Florença.
Soneto 1
  1. Voi ch'ascoltate in rime sparse il suono
  2. Di quei sospiri ond'io nudriva 'l core
  3. In sul mio primo giovenile errore
  4. Quand'era in parte altr'uom da quel ch'i' sono,
  5. Del vario stile in ch'io piango et ragiono
  6. Fra le vane speranze e 'l van dolore,
  7. Ove sia chi per prova intenda amore,
  8. Spero trovar pietà, nonché perdono.
  9. Ma ben veggio or sí come al popol tutto
  10. Favola fui gran tempo, onde sovente
  11. Di me mesdesmo meco mi vergogno;
  12. Et del mio vaneggiar vergogna è 'l frutto,
  13. E 'l pentersi, e 'l conoscer chiaramente
  14. Che quanto piace al mondo è breve sogno.

Soneto 13
Quando fra l'altre donne ad ora ad ora
Amor vien nel bel viso di costei,
quanto ciascuna è men bella di lei
tanto cresce 'l desio che m'innamora.
I' benedico il loco e 'l tempo et l'ora
che sí alto miraron gli occhi mei,
et dico: Anima, assai ringratiar dêi
che fosti a tanto honor degnata allora.
Da lei ti vèn l'amoroso pensero,
che mentre 'l segui al sommo ben t'invia,
pocho prezando quel ch'ogni huom desia;
da lei vien l'animosa leggiadria
ch'al ciel ti scorge per destro sentero,
sí ch'i' vo già de la speranza altero.

 Filosofia

Petrarca é tradicionalmente chamado o pai do Humanismo. Ele inspirou a filosofia humanista que levou à Renascença. Ele acreditava no imenso valor prático e na imensa moral do estudo da História Antiga e da Literatura Antiga - isto é, o estudo do pensamento e da ação humana.
Embora o Humanismo tenha mais tarde sido associado ao secularismo, Petraca era um devoto cristão e não via conflitos entre a realização do potencial humano e a fé religiosa. Um homem muito introspectivo, ele deu forma, em grande parte, ao nascente movimento humanista porque muitos de seus conflitos internos e meditações expressadas em suas obras foram sumamente recebidas pelos filósofos humanistas Renascentistas e debatidas por muitos anos. Por exemplo, Petrarca lutou com a relação própria entre a vida ativa e a vida contemplativa, e teve uma tendência a enfatizar a importância da solidão e do estudo. O político e pensador Leonardo Bruni defendeu a vida ativa, ou humanismo cívico. O resultado foi que um surpreendente número de líderes políticos, militares e religiosos durante a Renascença apontaram a noção de que sua busca pela glória pessoal deveria se basear no exemplo clássico e na contemplação.

Nicolau de Cusa, Cardeal.
Nicolau de Cusa ou Nicolau Krebs ou Chrypffs (Cusa, Tréveris, Alemanha 1401 - Todi, Úmbria, Itália 11 de agosto de 1464) foi um cardeal da Igreja Católica Romana e filósofo do Renascimento. Também autor de inúmeras obras sendo a principal delas Da Douta Ignorância publicada em 1440.

Índice

 [esconder

 Biografia

Filho de um barqueiro João Cryfts e de Catarina Roemer. Teólogo e filosófo humanista, é considerado o pai da filosofia alemã e, como personagem chave na transição do pensamento medieval ao do Renascimento, um dos primeiro filósofos da Idade Moderna
Entre seus pensamentos está a divisão do saber humano em dois graus, o intelectual e o racional. O primeiro nos conferiria a noção mística de Deus, e o segundo tinha origem na sensibilidade. Este dualismo é muito peculiar ao pensamento místico.
Em 1425 matricula-se em Teologia em Colônia, ali recebe as doutrinas de Santo Alberto Magno, do platonismo e de Ramón Llull. A partir de 1426 o legado papal (Orsini) pede-lhe que seja seu secretário, isto lhe permite ascender ao mundo dos Humanistas, o introduz no mundo da política eclesiástica e do estudo. Dedica-se ao estudo dos códices e descobre até 800 textos de Cícero, 16 comédias de Plauto, etc.
É ordenado presbítero em 1430, e entre 1432 e 1436 defendeu de maneira ativa o conciliarismo, mas a partir do Concílio de Basiléia se desconcerta e se reconcilia com as teses do Papa, convertendo-se no personagem mais relevante.
Doutor em Direito canônico, participou no Concílio de Basiléia em 1431. Identificado como anti-aristotélico ou antiescolástico, introduziu a noção de coincidentia oppositorum (coincidência de opostos), que é Deus, para superar todas as contradições da realidade. Foi um dos primeiros filósofos a questionar o modelo geocêntrico do mundo. Conseguiu um breve período de conciliação entre as igrejas Católica e Ortodoxa, se empenhou em aproximar a Igreja dos hussistas, predicou a cruzada contra os turcos e mediou na pacificação das relações entre França e Inglaterra.
Em 1450 foi nomeado Cardeal e Bispo de Bressanone. O duque Segismundo não aceitou sua nomeação.

 Códice Cusano 220

Nicolau de Cusa fundou um asilo para idosos em Kues, hoje conhecida como Bernkastel-Kues, cidade localizada a cerca de 130 quilómetros ao sul de Bona, capital da Alemanha. Este edifício abriga hoje a biblioteca de Cusa, com mais de 310 manuscritos.
Entre os manuscritos ali preservados encontra-se o Códice Cusano 220 que inclui um sermão proferido por Nicolau de Cusa em 1430, intitulado In principio erat verbum (No princípio era o Verbo). Nesse sermão em defesa da Trindade, Nicolau de Cusa utiliza a grafia latina Iehoua para se referir ao nome de Deus, hoje conhecido pelas grafias Jeová ou Javé, em português. Na folha 56, em referência ao nome divino, há a seguinte declaração:
"Ele [o nome] é dado por Deus. É o Tetagrama, isto é, nome composto por quatro letras. [...] Esse é, sem dúvida, o santíssimo e grande nome de Deus."
Este códice, do início do Século XV, é um dos mais antigos documentos existentes onde o Tetragrama é traduzido pela forma latinizada Iehoua, indicando que formas do nome do Deus mencionado na Bíblia, similares a Jehovah ou Jeová, têm sido por séculos a transcrição literária mais comum do nome divino.[1]
Destaca sobretudo sua atividade política como legadopapal, se empenhou em fazer uma reforma da Igreja e foi um grande conciliador de posturas confrontadas, chegando mesmo a unificá-las. Em 1459 o papa Pio II o nomeia Cardeal Camerlengo e Vigário-Geral.
Foi amigo do médico Paolo Toscanelli e inventou as lentes côncavas para tratar a miopia.

 Pensamento filosófico

  • Todo conhecimento vai desde o conhecido até o desconhecido, mediante o estabelecimento de proporcionalidades.
  • Não existe proporção perfeita entre a coisa conhecida e nosso conhecimento dela, nem, em geral, entre o medido e a medida. A ciência humana é, por isso, conjectural.
  • Deus é ratio essendi e ratio cognoscendi de toda a realidade; de modo que, qualquer investigação filosófica tem por horizonte a Deus. Não há pergunta nem ente que não suponha necessariamente a Deus como princípio.

 Todas as coisas são manifestação de Deus

Nicolau de Cusa parte de uma ideia onde todo que foi criado, incluindo o homem, são a imagem de Deus. Tudo é manifestação de um único modelo, mas não uma cópia, e sim um sinal deste Ser Supremo.
Através das coisas materiais podemos nos aproximar do Ser Supremo, mas o Ser Supremo é inalcançável, porque como a imagem não é perfeita, o Ser Supremo é inalcançável.
"A verdade da imagem não pode ser vista tal como é em si, através da imagem, porque a imagem nunca chega a ser o modelo" toda perfeição vem do exemplar que é razão das coisas. Este é o jeito como Deus reluz com as coisas. Como consequência, o Absoluto é incompreensível, posto que o invisível não pode se transformar no visível, o infinito não se encontra no finito. Como dirá: "Porque em Deus se produz uma contradição" é devido a Deus ser Absoluto e ao mesmo tempo, é único e múltiplo.
Nós conhecemos por comparação, por diferenciação, ao separar uma coisa de outra, sabe-se p que é cada coisa. Assim, por comparação, adquire-se conhecimento.
Temos que nos aproximar do absoluto desde o concreto que é visível, deste modo o invisível e faz visível, pelo menos através de seus sinais. Deus é a síntese de contrário, da unidade e da multiplicidade de tudo. Por isso, Deus não é captado em nenhum objeto porque nenhum objeto se limita, por isso Deus é o não outro, o que expressa um duplo significado: 1. Que Deus não se separou do mundo, sendo que este constitui seu próprio ser. 2. Ao anunciar o não outro, está anunciando que a unidade não se encontra determinada em nada concreto. "Deus é tudo e em tudo e não é nada no todo"

 Da Douta Ignorância

A ignorância de uma mente infinita frente a uma finitude não é a indiferença. O reconhecimento da ignorância é uma ignorância instruída, douta. Contudo, a natureza intelectiva se sente atraída por conhecer o incompreensível. É o retorno, nos atrai uma pregustação natural, que nos impulsa a seguir buscando. Tem uma aspiração até a sabedoria, até Deus, ainda reconhecendo que o sábio é agora quem descobre que não pode alcançar a Deus, a plenitude do conhecer.
Deus é esquivo, inalcançável.
A douta ignorância não é transcendente, a sabedoria não vem de fora infundida, mas é dentro de si mesma. Isto cria o choque com a modernidade.
O conhecimento surge de si mesmo. A mente se adequa e cresce, mesmo sabendo que nunca alcançará o Absoluto, mas vai avançando.
A douta ignorância tem a relação que a razão avança e aproxima-se do conhecimento. O conhecimento se fundamenta no sensível, na experiência, na assimilação, mas isso não é o verdadeiro conhecimento. O verdadeiro conhecimento é o que se desprende da experiência.
A razão é a que deve determinar as coisas, o distinguir não é o Absoluto, mas há coisas não distinguíveis ou que são confundíveis.
Para poder encontrar o verdadeiro conhecimento, tem que se separar das características das coisas e encontrar a essência das coisas. E tem-se que buscar o que faz a coisa ser o que é, desprendendo-se de tudo o que não o faz único, para encontrar a qualidade ou categoria essencial. O que permite encontrar a qualidade no pequeno limite.
Por exemplo: no menor dos homens, encontramos a Humanidade.
Temos que prescindir da extensão da experiência para encontrar a realidade, para captar o conceito puro, mesmo que não seja captado de modo completo.
O intelecto capta a atualidade, enquanto que a experiência capta a extensão, por assimilação se captam os objetos e por comparação com nossos modelos, os conhecemos.
Quando reconhecemos algo que nosso próprio intelecto (imagem do Absoluto que está em nós) tem como modelo por intermédio da experiência sensível.
"Então, mediante os atos de sua vida intelectiva, encontra em si mesmo descrito o que busca. Tens que entender esta descrição como um resplendor do exemplar de todas as coisas, à maneira como a verdade resplandece em sua imagem" A Mente V, página 70.
"E a mente não se sacia pois, porque não intui a verdade precisa de tudo, e sim intui a verdade em uma certa necessidade determinada que possui cada coisa em quanto que uma é de um modo e outra de outro, e cada uma está composta de suas partes. E a mente vê que este modo de ver não é a mesma verdade, e sim uma participação da verdade de modo que uma coisa é verdadeira de um modo e outra, de outro, alteridade que não pode nunca concordar com a mesma verdade, considerada em sua precisão absoluta e infinita. Por isso, a mente, olhando sua própria simplicidade, é diria-se, não somente abstraída da matéria mas também incomunicável com a matéria, ou seja, no modo de uma forma não unificável se serve de esta simplicidade como instrumento para assimilar-se a todas as coisas" Diálogos do Idiota VII, pág. 78
A mente é a imagem de Deus e na mente há todo conhecimento. A mente não se conforma com a assimilação.
Encontra-se a plenitude de ser em cada uma de suas formas e não se sacia com isto e busca a essência de tudo. Busca a simplificação absoluta, a unificação, o Ser em si, o Absoluto, o esquivo, o princípio do Absoluto das essências.
É a tendência ao Absoluto inevitável para a razão humana, para ir mais além da alteridade, e que nunca chega a alcançar, é esquiva.

 Cosmologia de Nicolau de Cusa

E surge uma imagem do mundo que é imagem de Deus.
Se Deus é o unitário e o infinito de uma vez, o mundo também é infinito. Este é o passo radical da física moderna: se o universo é infinito, não tem fim, conclui-se que não existe centro do universo, porque a Terra não é o centro do universo, e tampouco existe ponto de referência, tudo é relativo e não existe um lugar de privilégio no universo.
Também existe quietude, apesar de tudo estar em movimento, inclusive o Sol. Que não conheçamos o movimento, não significa que não exista.

 Obras mais importantes

  • In principio erat verbum, incluído no Códice Cusano 220 (1430)
  • De concordantia catholica (1434)
  • De docta ignorantia (1440)
  • De coniecturis (1441)
  • Idiota de mente, Idiota de sapientia, Idiota de staticis experimentis (1450)
  • De visione Dei (1453)
  • De Possest (1460)
  • Compendium sive compendiossisima directio (1463)
  • De apice theoriae (1464)                                                   nome:moisés mota de abreu 7º alfa

Um comentário:

Endereço:

Endereço: